Artista múltiplo, Smaïl Kanouté é designer gráfico, dançarino e serigrafista de origem maliana, nascido em Paris em 1986 e diplomado pela Escola Nacional Superior de Artes Decorativas de Paris. Com diferentes formas de expressão, renova os códigos visuais e estéticos da dança. Atua também no universo da moda. Costuma se apresentar como um coreo-grafista, já que a dança e o grafismo são indissociáveis em seu processo criativo. Suas obras pictóricas são reconhecidas pelos padrões expressivos, uma espécie de alfabeto moderno e abstrato que ele traz à vida através de seu próprio corpo.
No programa estão reunidas cinco obras: “Never 21”, “Yasuke Kurosan, le samourai noir au Japon”, “Jidust – Pousière d’eau”, “Univers” e “Never Twenty-One”.
NEVER 21 (7min)
Ecoando a hashtag # Never21 do movimento Black Lives Matter, Smaïl Kanouté homenageia, por meio da dança, as jovens vítimas de armas de fogo em bairros pobres e discriminados de Nova York, que morreram antes dos 21 anos. Por meio de depoimentos de vítimas do sistema de venda de armas, um jovem dançarino grita sua raiva, a perda de seus entes queridos, sua prisão neste círculo vicioso que o empurra a brincar com sua vida. Torna-se a cicatriz dessas vidas sacrificadas, de suas memórias, de suas palavras gravadas para sempre nesta maldição do número 21.
A obra é codirigida por Smaïl Kanouté e o ex-coletivo RACINE (Henri Coutant e Kevin Gay).
YASUKE KUROSAN, LE SAMOURAÏ NOIR AU JAPON (15min)
Curta-metragem inspirado na vida de um escravo africano que chegou ao Japão no final do século 16 e alcançou o status de Samurai. A escrita coreográfica narra a metamorfose do corpo curvado do escravo ao corpo ereto e orgulhoso do samurai, criando o encontro entre a dança africana e a arte do Bushido (o código de honra dos samurais). Aborda o impacto do colonialismo e a persistência de ritos ancestrais como afirmação de identidade. Por meio de ritos, cerimônias dançadas, visitas a lugares espirituais e simbólicos, Smaïl Kanouté se inspira no aikido, no bushido, na cerimônia do chá ou mesmo no Butoh para explorar a dança, a energia e o estado de espírito.
Correalizado por Smaïl Kanouté e Absou Diouri
Filmado por Abdou Diouri
JIDUST – POUSIÈRE D’EAU (3:05min)
Solo aquático e luminoso em que o bailarino estabelece um corpo a corpo com a parede interativa desenvolvida pelo artista-designer Antonin Fourneau. A parede, "Waterlight Graffiti", é composta de milhares de LEDs e acende quando é tocada pela água.
Direção: Kevin Gay (RACINE Collective)
Música: Alan Gay
UNIVERS (3:27min)
Prêmio de Melhor Performance Hip Hop no URBAN FILM FESTIVAL 2016, os movimentos de Samïl Kanouté revelam os desenhos nessa caixa preta criada pelo artista Philippe Baudelocque, explorando diferentes danças para celebrar a criação.
Direção: Kevin Gay (RACINE Collective)
Música: Matthias Zimmermann
NEVER TWENTY-ONE (6min)
Espetáculo que vem sendo apresentado pelo bailarino, em homenagem aos jovens vítimas de armas de fogo em bairros pobres e discriminados de Nova York, Rio de Janeiro e Joanesburgo, mortos antes de completarem 21 anos. Em um ambiente urbano marcado pelo xamanismo e baseado em relatos reais, três dançarinos ressuscitam as palavras / males das vítimas e suas famílias. Por meio de seus corpos que se tornaram esculturas gráficas, superfícies de expressão e reivindicação, objetos de resiliência e memoriais como espíritos errantes, eles falam sobre essas vidas roubadas, dilaceradas e sacrificadas. Indo do krump à onda, do novo estilo ao tribal, diferentes energias vêm e animam os corpos para fazer o invisível aparecer e nomear o indizível.
Direção: Thomas Estournel
Coreografia: Smail Kanouté
Dançarinos: Aston Bonaparte, Jérôme Fidelin e Smail Kanouté
Pintura corporal: Lorella Disez
Vista externa: Moustapha Ziane
Cenógrafo e designer de iluminação: Olivier Brichet
Designer de som: Paul Lajus
Figurinos: Rachel Boa e Ornella Maris
Produção: Cécile Pouységur
Difusão: Dirk Korell
Produção: Company Live!
Coprodução: Oficinas Medici - Clichy sous Bois
Duração: 34min
Classificação indicativa: 12 anos
Através do uso delicado e original das plataformas digitais, Mauro "Malicho" Vaca escava sua biografia pessoal e ao mesmo tempo a biografia de sua cidade, numa memória recente e ao mesmo tempo com cicatrizes profundas. Um ensaio documental que utiliza plataformas digitais como Google Earth, Google Maps e Zoom, além de material de arquivo, para construir um panorama de sua vida, seu aprendizado e de quebra um pouco da história recente do Chile. Com um tom sensível, político e íntimo ao mesmo tempo, Mauro questiona: o que acontecerá com nossas pegadas quando já não estivermos aqui? Nossas vozes permanecerão nas ruas numa pasta de memória externa? Que relato o Google contará de nós? Poderemos voltar a nos encontrar, nos tocar, evocar juntos a realidade que queremos?
O espetáculo será apresentado ao vivo, em tempo real, na estreia, e ficará gravado para a visualização nos três dias posteriores.
Participe da sessão do dia 2/7 que será ao vivo na plataforma Zoom.
https://us02web.zoom.us/meeting/register/tZcofuyvqjsiG9KIHVTs_z6bv0lvfulqcbn0
Após a inscrição, você receberá um e-mail de confirmação informando como entrar na reunião. E depois da sessão, teremos um encontro com o criador de Reminiscencia.
Venha!
COMPAÑIA LE INSOLENTE TEATRE - Criada em 2013, com a estreia do espetáculo “Bolero de almas perdidas”. Formada por Malicho Vaca e Ébana Garin, já concebeu e apresentou seis montagens, que trabalham o cruzamento de disciplinas artísticas com noções de memória, corpo, território e dissidência.
Autor e intérprete: Mauro Vaca
Duração: 50min
Classificação indicativa: Livre
Segunda temporada da série apresenta 12 vídeos que passeiam por diferentes temas que dialogam com dramas e questões do mundo da primeira infância. Os vídeos, concebidos pela atriz e diretora Clarice Cardell, utilizam a manipulação de objetos e uma trilha sonora original criada por Lupa Marques e Jota Dale, para construir uma narrativa poética criando um mundo de significados imagéticos e musicais. A dramaturgia é construída pelos objetos, sons e interpretações dos artistas e se estrutura de forma a manter espaço para a livre imaginação dos bebês. A série integra o Canal Bebe Lume, um canal online (www.bebelume.com.br) dedicado a exibir conteúdo audiovisual de qualidade para a primeira infância, como alternativa dentro do espectro visual que tem dominado o ambiente web para a infância. A realização da série foi patrocinada pelo Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal.
CLARICE CARDELL - Diretora e atriz de teatro, responsável por La Casa Incierta, companhia teatral que nasceu na Espanha e que se tornou referência na produção de espetáculos para bebês. Clarice acumulou 20 anos de experiência com esse público. É idealizadora do Festival Primeiro Olhar e programadora de mostras no Brasil e no exterior. Também é uma militante por políticas culturais para a primeira infância e foi ganhadora do Prêmio Internacional Alas-BID, oferecido pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento para projetos que buscam melhorar a primeira infância na América Latina e Caribe.
Roteiro e Direção: Clarice Cardell
Direção de Imagens: Marcelo Barbosa
Assistência de Fotografia e Still: Juliana Caribé
Iluminação: James Festenseifer
Consultoria Psicanalítica: Inês Catão
Montagem: Edu Viana
Direção de Arte: Sarah Noda
Produção de Objetos: Maísa Donnini
Assistente de produção de objetos: Jean Gonzaga
Trilha Original: Lupa Marque e Jota Dale
Manipulação de objetos e Interpretação: Clarice Cardell, Gabriel Guirá e Lupa Marques
Produção: Leonardo Hernandes
Realização: Bebelume Produções Ltda
Duração: 35 min
Classificação indicativa: 0 a 5 anos
Projeto que vem sendo trabalhado desde 2018, acompanhando as diversas mudanças pelas quais os dois países passaram. As paisagens sonoras e visuais desta performance falam de gestos de reconciliação: entre Portugal e o Brasil, entre Europa e as Américas, entre o progresso e o clima, entre pais e filhos, entre um homem e uma mulher, entre um negro e um branco, com o passado, com o que (ainda) não nos aconteceu, com o presente, conosco.
Reconciliação compreendida não como entendimento ou compreensão entre partes que haviam rompido entre si, e sim como tentativa de aceitação de limites. Reconciliar-se com as próprias limitações, elaborar a capacidade de conviver com as diferenças. Em cena, um combate entre dois seres humanos que não tem fim, sem possibilidade de (re)encontro. Uma tensão crescente inspira violência, mas denuncia o desejo de tréguas e de uma conclusão.
PATRÍCIA PORTELA – Autora portuguesa, escreve para teatro e obras literárias e vive entre Paço de Arcos, Viseu, Antuérpia e Portugal. É formada pela Escola Superior de Teatro e Cinema de Lisboa, com mestrado em cenografia e dramaturgia do espaço pela Universidade Utrecht e pela Central St. Martins College of Art, de Londres. Pós-graduada em teatralidade e performatividade pelo Arts Performance and Theatricality de Antuérpia, com mestrado em filosofia pela Universidade de Luven. Está concluindo doutorado em artes e multimídia pela Faculdade de Belas Artes de Lisboa. Sua obra já recebeu diversos prêmios. É autora de vários romances e novelas como “Para cima e não para Norte” (2008), “Banquete” (2012) e “Dias Úteis” (2017). É diretora do Teatro de Viseu.
ALEXANDRE DAL FARRA – Dramaturgo, diretor e escritor brasileiro, doutorando pelo Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas da ECA/USP e mestre pelo Departamento de Letras Modernas da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP. Venceu ou foi indicado diversas vezes a todos os principais prêmios do teatro brasileiro, como Shell, APCA, Questão de Crítica, Aplauso Brasil. É autor de peças como “Abnegação I” (prêmio APCA, encenada na França), “Abnegação III – Restos” (prêmio Aplauso Brasil, encenada em Buenos Aires) e “O Filho” (APCA). Em 2013, lançou o primeiro romance, “Manual da Destruição”.
Direção, dramaturgia e textos: Alexandre Dal Farra & Patrícia Portela
Performers / co-criadores: Célia Fechas, Clayton Mariano
Convidado: Nicolas Fernando de Warren
Composição musical e interpretação: Gabriel Ferrandini
Banda sonora glaciar: Sérgio Hydalgo
Cinematografia: Leonardo Simões (em Portugal); Otávio Dantas (no Brasil); Patrícia Portela (na Bélgica)
Edição vídeo: Tomás Pereira e Patrícia Portela
Gravação e edição de som: Kellzo (Célia), Hélder Nelson (Gabriel Ferrandini)
Apoio à produção: Sérgio Hydalgo
Pós-produção: Irmã Lucia Efeitos Especiais
Produção: Associação Cultural Prado
Coprodução: FITEI
Apoio: Dgartes/MC
Distribuição e produção América Latina: Metropolitana Gestão Cultural - Carla Estefan
Agradecimentos: Diego Aramburo, Patrícia García,Zoë Portela De Boeck, Mónica Coteriano
Duração: 60min
Classificação indicativa: 12 anos
Depois de passar meses isolada (ela é uma palhaça consciente) e com muita saudade do palco, a atriz Ana Luiza Bellacosta resolveu exercitar as técnicas de comicidade e palhaçaria que ela vem pesquisando há vários anos. E foi assim, transpondo a linguagem presencial para o ambiente virtual, investigando os aplicativos de edição e buscando autonomia criativa que surgiram os esquetes agrupados em “Uma palhaça confinada”. Neles, Ana Luiza transgride o uso convencional de objetos domésticos e extrai humor de situações corriqueiras.
ANA LUIZA BELLACOSTA - Atriz formada pela UNB, palhaça e produtora cultural. Tem especialização em palhaçaria clássica pela École de Clown et Comédie Francine Cotê, de Montreal. Fundadora do “Cabaré da Nega” e integrante da Andaime Cia de Teatro, Cia Colapso e Pirilampo Teatro de Bonecos e Atores, atua no cenário cultural há 20 anos. Produz e participa de diversos festivais de circo e teatro no Brasil e no Mundo. Participa do Coletivo Laboratório de Palhaças e Palhaços. Em 2019 foi ganhadora de 4 prêmios de melhor cena curta com sua Palhaça Madame Froda em diferentes festivais. Atualmente tem sua pesquisa voltada para a comicidade negra, revisão de conceitos de gênero e raça na construção do humor e milita pela importância do protagonismo negro em festivais de circo, além de fazer parte do Quilombo Beijamim de Oliveira, um coletivo de palhaces pretes.
Direção e atuação: Ana Luiza Bellacosta
Duração: 10min
Classificação indicativa: Livre
Um grupo de acrobatas, vestidos de branco e com os braços amarrados às costas, personificam loucos tentando escapar de um manicômio. Encontram um balão de ar quente e decidem desafiar todas as regras para fugir. Eles checam a ignição dos queimadores, o balão se inflando, tudo é pretexto para o desdobramento de um universo incrível de jogos burlescos. Sem utilizar acessórios conhecidos, manipulam cilindros de gás, pranchas de madeira e até uma mini escavadeira neste jogo absurdo.
CIRQUE INEXTREMISTE – Sediado na cidade de Vendée, foi criado em 1998, sob o nome de As Pas de Maïoun. Rapidamente o grupo adquiriu uma lona e passou a criar espetáculos que misturavam dança, artes da rua e música. Em 2007, nasceu o espetáculo “Inextremiste”, criado em torno de um trampolim e usando botijões de gás. Dois anos depois, a companhia mudou de nome e os botijões de gás tornaram-se sua marca registrada. Seus trabalhos misturam riscos reais e muito humor. Atualmente, o grupo tem 35 integrantes e se apresenta por cidades de vários países.
Direção: Yann Ecauvre
Elenco: Yann Ecauvre (piloto), Julien Favreuille (acrobata), Laurent Mollon (comediante, acrobata, piloto), Etienne Cordeau (acrobata), Anicet Leone (acrobata), Sage Lazar (comediante, acrobata)
Figurinos: Solenne Capmas
Técnica: Bastien Roussel
Desenho de luz: Jacques Bouault e Jacques Benoît Dardant
Desenho do balão: Bérengère Giaux
Duração: 25min
Classificação indicativa: Livre
O doc-performativo apresenta o registro de quatro anos de processo para estrear um solo. Os obstáculos enfrentados: uma filha no hospital, uma turnê de um ano, uma separação e a pandemia. O formato audiovisual condensa os solos “Cucaracha”, “Febre” e “Solos para um Corpo em Queda”, com imagens e áudios captados entre 2018 e 2021 e organizados, editados e recriados em vídeo por Joy Ballard.
TATIANA BITTAR - Performer e diretora. Entre 2018 e 2019, esteve em residência no Programa Avançado de Criação em Artes Performativas, em Lisboa, com foco na pesquisa e experimentação de material coreográfico. Em 2020, fez residência no estúdiofitacrepe, em São Paulo. Atualmente trabalha com performance na rua e em espaços não convencionais e também para a primeira infância, com a Andaime Cia de Teatro e o Coletivo Antônia.
Concepção: Tatiana Bittar
Performers: Tatiana Bittar e Joy Ballard
Direção e Criação: Joy Ballard e Tatiana Bittar
Montagem e edição: Joy Ballard
Arte Gráfica: Maíra Zannon
Imagens: Tatiana Bittar e Forum Dança
Textos: Tatiana Bittar, Camila Morena da Luz, Fragmentos retirados do filme 'Insolação', de Felipe Hirsch e Daniela Thomas; Fragmentos retirados da Revista Amarello 36 - Ano XI - O Masculino - Artigo: ‘Em queda livre’, por Luísa Horta; Fragmentos retirados do livro ‘Los condenados de la pantalla’, de Hito Steyerl.
Imagens realizadas em Portugal, França e Amsterdã durante residência no Forum Dança - 2018/2019; Uruguai durante residência NIDO em Campo Abierto – 2019; 40 cidades brasileiras durante turnê pelo SESC Palco Giratório com o Coletivo Antonia – 2019; São Paulo/SP em residência no Estudio Fitacrepe – 2020; Brasília/DF - 2019 a 2021
Esse projeto tem o apoio do edital Conexão Cultura - 2018/Fundo de Apoio à Cultura/Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal.
Duração: 10 minutos
Classificação etária: 18 anos
Uma experimentação cênico-virtual onde duas atrizes exploram potencialidades e meios de interação não-presenciais. 'Em um mundo distópico, de humanidades frágeis, duas presenças desafiam as possibilidades de conexão. A distância, os afetos, os corpos, os desejos, a companhia e a vida parecem reticências. No fundo, ninguém sabe o que está por vir. Amar pode ser um ruído.' O espetáculo foi filmado durante o isolamento social do Covid 19 e gravado com Renata Soares ao vivo dos Estados Unidos. O projeto foi idealizado por Renata Soares, Monica Nassar e Beta Rangel a fim de estimular o teatro em uma nova perspectiva tecnológica, explorando outras formas narrativas, com base na relação entre arte, virtualidade, comunicação e tecnologia.
JONATHAN ANDRADE - Escritor, ator, diretor, dramaturgo, cenógrafo, figurinista e bacharel em Artes Cênicas, com habilitação em Interpretação Teatral, pela Universidade de Brasília. É integrante fundador do Grupo Sutil Ato, coletivo de teatro que atua no mercado profissional do DF e nacional há 14 anos. Em sua trajetória, dirigiu 26 espetáculos, recebendo prêmios com dramaturgias, cenografia e espetáculos. Atuou como professor da Faculdade Dulcina de Moraes, onde também foi coordenador pedagógico dos cursos de Licenciatura e Bacharelado em Artes Cênicas, entre 2009 e 2013. Desde 2014 integra o Aisthesis, coletivo multilinguagem (dança, teatro, audiovisual e performance), a partir de encontros de cocriação e experimentação de linguagens.
BETA RANGEL - Atriz, roteirista, produtora e arte-educadora. Graduada em Artes Cênicas pela Faculdade de Artes Dulcina de Moraes, também estudou teatro de grupo no Instituto Nacional de Artes Dramáticas, na Austrália. É cofundadora do Coletivo Esperanza e integrante da Estupenda Trupe. Entre seus principais trabalhos estão espetáculos como “Provável Paraíso Perdido”, do coletivo Esperanza, 2º lugar no Prêmio Web de Teatro 2019; “Levante-se”, com direção de Rosana Viegas, 1º lugar no Prêmio Web de Teatro 2019; e “As ridículas de Molière”, direção de Miriam Virna, prêmios de melhor espetáculo, direção e trilha sonora no Prêmio Sesc Candango 2008. Recebeu prêmios de melhor atriz pelo filme “Quando as janelas não são uma opção”, de Tiago Nery, nos festivais Five Continents Film Festival e Independent Short Awards.
RENATA SOARES – Atriz formada em Artes Cênicas pela Universidade de Brasília e pelo Conservatório de Interpretação do William Esper Acting Studio em Nova York. Além de atuar, Renata trabalha em teatro e cinema como produtora, diretora, coreógrafa de luta e coordenadora de intimidade cênica. Entre seus últimos trabalhos internacionais estão “Savana Glacial” de Jô Bilac, com direção de Marina Montesanti, apresentado no NY Fringe Festival, “The Good Soul of Setzuan” de Bertolt Brecht, dirigido por Jim Niesen com a companhia Irondale Ensemble Project em Brooklyn/NY e “Grand Opera Publique”, vencedor do melhor espetáculo no Festival AgitÁgeda em Portugal. Em 2019, dirigiu a primeira montagem internacional do musical brasileiro “Cargas D’água”, de Vitor Rocha, em Nova York.
Direção Cênica: Jonathan Andrade
Iluminação e projeção: Moisés Vasconcelos
Atrizes: Renata Soares e Beta Rangel
Cenografia e Produção Executiva: Monica Nassar
Produção: Agilizadxs produções
Cinegrafia e montagem: André Carvalheira (Xará)
Trilha sonora original: Felipe Viegas
Cenotécnico: Erick Porto
Assistente de iluminação: Julia Maria
Assistente de cenografia e produção: Agda Couto
Animação de vídeo: Apt7 Filmes
Produção: Espaço F/508 de Cultura
Patrocínio: Funarte
Duração: 40min
Classificação indicativa: 12 anos
Espetáculo que se inspira nas palavras de Marshall McLuhan que, entre finais de 1960 e começo de 1970, afirmou: “a grande poesia da nossa época é o rock. (...) Nunca se assistiu a um tal renascimento poético desde Homero. É o reencontro planetário”.
Partindo da obra “Estro in Watts – Poesia da Idade do Rock”, de João de Menezes-Ferreira, o trabalho apresenta o rock como expressão poética, que grita na esfera pública e reflete sobre temas como morte, guerra, amor, solidão, opressão. Pesquisando os poemas desse estilo musical – entre 1950 e 1980 -, o espetáculo ressalta a poesia presente em composições assinadas por grandes artistas como Bob Dylan, Patti Smith, Johnny Rotten, Jim Morisson, Jimi Hendrix, Janis Joplin, Leonard Cohen, Lou Reed e muitos outros, apresentando um verdadeiro painel do mundo ocidental no século 20.
TEATRO EXPERIMENTAL DO PORTO – Mais antiga companhia de teatro profissional em atividade em Portugal, foi criada em 1950 e estreou seu primeiro espetáculo, em 1953, dirigido por António Pedro, que ficou na direção artística do grupo até 1960. O grupo foi distinguido com medalhas de ouro pelas câmaras de Vila Nova de Gaia e do Porto. Atualmente, a companhia é dirigida por Gonçalo Amorim.
Projeto de: Gonçalo Amorim e Paulo Furtado
Tradução dos poemas e acompanhamento historiográfico: João de Menezes-Ferreira
Encenação e concepção: Gonçalo Amorim
Direção musical e concepção: Paulo Furtado
Música Original: The Legendary Tigerman
Assistência de encenação: Patrícia Gonçalves
Intérpretes: Ana Brandão, Diana Narciso, Hugo Inácio, Iris Cayatte, Pedro Almendra, Pedro Galiza, Susie Filipe
Artista convidado: Filipe Rocha
Cenografia e figurinos: Catarina Barros
Assistência de figurinos e cenografia: Susana Paixão, Cristóvão Neto
Desenho de Luz: Nuno Meira
Desenho de som: Guilherme Gonçalves
Vídeo: Luísa Sequeira
Registo de vídeo a-tundra: Teatro Municipal do Porto
Produção: Teatro Experimental do Porto
Coprodução: Teatro Municipal do Porto
Duração aproximada: 90min
Classificação indicativa: 12 anos
O TEP é uma estrutura financiada pelo Governo de Portugal/Ministério da Cultura/Direção-Geral das Artes e apoiada pelo Câmara Municipal do Porto. Estrutura residente no Teatro Campo Alegre, no âmbito do programa Teatro em Campo Aberto.
Um grupo de pessoas com Síndrome de Down toma a cena para compartilhar seus anseios e frustrações através de uma livre adaptação de “Hamlet”, de William Shakesperare. O resultado é um tecido entre a tragédia shakespeariana e a vida dos atores e parte de uma pergunta: ser ou não ser? O que significa ser para pessoas que não encontram espaços onde são valorizados? Historicamente consideradas uma carga, as pessoas com Síndrome de Down questionam: que valor e que sentido têm suas vidas num mundo em que a eficiência, a capacidade de produção e modelos inalcançáveis de consumo e beleza são o paradigma?
TEATRO LA PLAZA – Espaço de criação teatral que investiga e interpreta a realidade para construir um ponto de vista crítico que dialogue com a comunidade. Foi criado em 2003, encena textos de jovens dramaturgos e apresenta adaptações contemporâneas de obras clássicas. Em 2013, criou o programa Sala de Parto, visando estimular a produção dramatúrgica peruana.
Dramaturgia e direção geral: Chela De Ferrari
Codireção e assessoria de dramaturgia: Claudia Tangoa, Jonathan Oliveros y Luis Alberto León
Elenco: Octavio Bernaza, Jaime Cruz, Lucas Demarchi, Manuel García, Diana Gutierrez, Cristina León Barandiarán, Ximena Rodríguez e Álvaro Toledo
Treinamento vocal: Alessandra Rodríguez
Coreografia: Mirella Carbone
Visagismo: Lucho Soldevilla
Desenho de iluminação: Jesús Reyes
Produção: Siu Jing Apau
Duração: 95min
Classificação indicativa: 12 anos
Dois personagens entregues à própria sorte dialogam à espera de um ser misterioso que nunca aparece. Adaptado do clássico homônimo de Samuel Beckett e filmado em dois distintos ambientes o filme/peça apresenta questões filosóficas sobre a condição humana onde o tempo existe como eternidade imóvel, desafiando o espectador a lidar com a inércia das ações e com as reflexões existenciais apresentadas pelos personagens.
Projeto contemplado pelo Prêmio Funarte Festival de Teatro Virtual 2020.
WILLIAM FERREIRA - Bacharel em artes cênicas pela UnB, diretor, ator, performer, bailarino profissional além de atuar como cenógrafo e figurinista. Atuou com renomados mestres de dança e teatro no Brasil e no exterior. Como ator, trabalhou sob direção de Mathew Lenton (Escócia), Hugo Rodas (Companhia dos Sonhos), Marcelo José (Portugal), Paul Heritage (Inglaterra), Adriano e Fernando Guimarães (Companhia Gabinete 3), Miriam Virna, Guilherme Reis (Grupo Cena) e muitos outros em 32 anos de carreira. Atua em novelas, minisséries e no cinema. Dirigiu espetáculos premiados como “Cartas de um Sedutor”, “Cabaré das Donzelas Inocentes”, “A Obscena Senhora D” e “A Caixa de Aila”.
Texto: Samuel Beckett
Coprodução: Diego Borges, Claraboia Filmes e Guinada Produções
Direção: William Ferreira
Atuação: André Araújo, Diego Borges, Marcelo Pelucio, Roberto de Martin e Rodrigo Lélis
Direção de Fotografia: Danilo Borges
Direção de produção: Guilherme Angelim (Guinada Produções)
Filmagem, Edição e Finalização: Clarabóia Filmes
Produção Administrativa: Diego Borges
Assistência de Direção: Roberto de Martin
Som Direto: Danilo Araújo
1° Assistente de Câmera: Dammer Martins
2° Assistente de Câmera: Guilherme Rocha
Iluminação Cênica: Marcelo Augusto
Direção de Arte: Rachel Mendes e William Ferreira
Contra-regragem: Pablo Magalhães
Tradução em Libras: Tatiana Elizabeth
Adaptação: Diego Borges, Rachel Mendes, ROberto de Martin e William Ferreira
Música - Samba Pagodo: André Araújo
Música Final: Doris Day – discoalto
Cozinheira: Lea Abade
Realização: Funarte, Secretaria Especial da Cultura, Ministério do Turismo e Governo Federal
Duração: 74min
Classificação indicativa: 12 anos
Transitando entre a performance e o documentário – na medida em que ambos trabalham com um tratamento criativo da realidade – a obra propõe uma reflexão sobre a perda da voz: o silêncio herdado, a memória, o luto, as migrações que nos levam a retornar. Por que é tão difícil para nós levantar a voz? O que gera esse silêncio? Por que nos calamos como sociedade? Através de uma narração poética e sutil, e de relatos aparentemente familiares, Diana Daf convida o espectador a transitar na busca da origem de nossos próprios silêncios e questiona a urgência que há de um processo de reparação, de cura coletiva.
DIANA DAF COLLAZOS – Realizadora audiovisual, artista multidisciplinar e gestora cultural peruana, é bacharel em Ciências e Artes da Comunicação, com especialização em artes cênicas. Desde 2005, trabalha o corpo como matéria viva para gerar e transmitir memória. Seus trabalhos entrelaçam diferentes linguagens como performance, fotografia, instalação, videoarte e documentário. Seu primeiro longa documentário em codireção, “Círculo de Tiza”, foi escolhido melhor filme peruano no Festival de Cine de Lima 2020. É gestora e fundadora de elgalpon.espacio, lugar de formação, gestão e difusão de arte contemporânea.
Gestora e performer: Diana Daf Collazos
Produção: Diana Castro
Assistência dramatúrgica: Miguel Rubio Zapata
Realização de vídeos: Carlos Sánchez e Diana Daf
Manager técnico: Igor Moreno
Som: José Carlos Valencia
Música: Erick del Aguila
Duração: 60min
Classificação indicativa: 12 anos
O filho de Ana tem câncer. Ela não pode custear outro tratamento, mas também não pode deixar que seu filho morra. O que está disposta a fazer para salvá-lo? Até onde pode chegar e até que ponto somos capazes de entendê-la? Como vamos defendê-la quando se tornar perigosa para as outras pessoas, quando se voltar perigosa para a morte? “Ana contra la muerte” é a história de uma mulher que entendeu que se deve resistir à morte de todas as formas possíveis e um pouco mais além. O texto dá sequência aos temas que marcam a obra de Calderón: a família, a violência, a morte.
GABRIEL CALDERÓN – Dramaturgo, ator e diretor nascido em Montevideo e ativo no teatro uruguaio desde 2001, quando seu primeiro espetáculo, “Más vale solo”, foi premiado. Desde então, já escreveu mais de 30 obras, apresentadas na América Latina, Europa e Estados Unidos. Em 2004, conquistou todos os principais prêmios teatrais do Uruguai com “Mi muñequita (la farsa)”, considerado um dos mais influentes textos do teatro no país no século XXI. Recebeu duas vezes o Premio Nacional de Literatura de Uruguay, em 2011 por “Mi pequeño Mundo Porno” e em 2016 com “Tal vez la vida sea ridicula”. Sua obra já foi traduzida para vários idiomas e se tornou um expoente do teatro contemporâneo latino-americano. É o primeiro autor uruguaio a estrear no Teatro Nacional de Catalunha e no Teatro Nacional de Modena.
Autoria e direção: Gabriel Calderón
Assistência de direção: Elaine Lacey
Elenco: Gabriela Iribarren, Marisa Bentancur, María Mendive
Desenho e realização de cenografia e iluminação: Lucía Tyler, Matías Vizcaíno, Miguel Robaina Mandl
Figurinos: Virginia Sosa
Fotografia: Pia Galvalisi
Produção geral: Bruno Gadea
Produção e circulação internacional: Matilde López Espasandín
Assistência de produção: Vladimir Bondiuk
Duração: 60min
Classificação indicativa: 12 anos
Lançamento do livro de Daniele Sampaio, seguido de debate. Em foco, os desafios enfrentados
por agentes culturais no acesso a fontes de financiamento, imprescindíveis para a
consolidação de um percurso artístico consistente. O primeiro passo para superar esta
realidade envolve a elaboração do projeto, quando se dá contorno textual às ideias. Para além
do domínio da técnica, como agentes culturais podem empreender a escrita de modo sensível
e atento ao projeto artístico? Diante dos desafios dos nossos tempos, como essa escrita pode
resultar em uma atuação cidadã, política e socialmente responsável?
Participam: Daniele Sampaio, Rômulo Avelar, Lia Calabre e Guilherme Reis
Mediação: Mariana Soares
Participação: Naiara Lira
Sobre a autora: Daniele Sampaio é trabalhadora da Cultura no Brasil. Atua como produtora,
gestora cultural e pesquisadora de políticas culturais. Bacharela em Ciências Sociais e Mestra
em Artes da Cena pela Unicamp. É fundadora da SIM! Cultura. Desde 2006, atua em
colaboração permanente com o ator Eduardo Okamoto. Autora de “Agentes Invisíveis e Modos
de Produção nos Primeiros Anos do Workcenter of Jerzy Grotowski” (2020) e “Elaboração de
Projetos para o Desenvolvimento de Agentes e Agendas"; (2021), ambos pela Editora Javali.
Sobre os participantes:
Rômulo Avelar - Gestor cultural e professor em dezenas de cursos de produção, planejamento
e gestão cultural. Consultor de grupos, artistas e entidades culturais da música e das artes
cênicas, entre eles o Grupo Galpão. Autor do livro “O Avesso da Cena: Notas sobre Produção
e Gestão Cultural”. Assina o prefácio do livro "Elaboração de Projetos para o Desenvolvimento
de Agentes e Agendas", de Daniele Sampaio
Lia Calabre – Doutora em história (UFF), Pesquisadora e chefe do setor de políticas culturais
da Fundação Casa de Rui Barbosa (2002-2019) e Coordenadora da Cátedra UNESCO de
Políticas Culturais e Gestão-FCRB (2017-2020). Atualmente é professora dos Programas de
Pós-Graduação Memória e Acervos, da FRCB, e Cultura e Territorialidades, da Universidade
Federal Fluminense, assim como do MBA de Gestão Cultural – Ucam/ABGC. Organizadora de
diversos livros, autora de vários artigos e livros sobre políticas culturais, tais como: “Políticas
Culturais no Brasil: dos anos 1930 ao século XXI” (Ed. FGV, 2009), “Políticas Culturais no
Brasil: história e contemporaneidade” (BNB, 2010) e “Escritos sobre Políticas Culturais”
(FCRB,2019)
Guilherme Reis - Ator, diretor e produtor. É o criador do Cena Contemporânea - Festival
Internacional de Teatro de Brasília, sendo o seu diretor e curador desde 1995. Desenvolveu
diversos projetos nas áreas do teatro, dança, circo e música voltados para a promoção, difusão
e o intercâmbio. Foi Secretário de Cultura do Distrito Federal. Participou da criação ou da
consolidação de redes culturais no Brasil e na região ibero-americana.
Mariana Soares - Especialista em Gestão, Políticas Públicas e Cooperação Cultural
Internacional e há 15 anos atua na coordenação de políticas, programas e projetos sociais e
culturais na América Latina, Espanha e Portugal. Atualmente é Diretora do Instituto SOMA -
Cidadania Criativa, gestora do Programa Ibermuseus, colaboradora do Festival Cena
Contemporânea e consultora e curadora independente, com foco em projetos sociais e
culturais no território Ibero-americano. Foi Subsecretária de Políticas de Desenvolvimento e
Promoção Cultural do Governo do Distrito Federal (2015-2018), Coordenadora-Geral de
Promoção e Difusão da Secretaria de Economia Criativa do Ministério da Cultura (2013-2014),
Coordenadora de projetos internacionais e curadora do Cena Contemporânea - Festival
Internacional de Brasília (2011-2013) e responsável pela área internacional de A Portada
Comunicação e Cultura em Barcelona (2007-2011).
Um diálogo sobre a relação cultural do Brasil com Portugal e países africanos lusófonos na
perspectiva poética e artística. O encontro propõe um debate entre os artistas da cena e
transitará entre a história, os limites, as curas, a contemporaneidade e a língua portuguesa,
estimulando reflexões culturais e poéticas sobre presente, passado e futuro dessas relações.
Acompanhe a conversa no canal Youtube do Cena.
Fala de abertura: Guilherme Reis (Cena Contemporânea) e Alexandra Pinho (Camões -
Centro Cultural Português em Brasília)
Participam: Edna Jaime (Moçambique), Zia Soares (Angola-Portugal) do Teatro Griot, Chico
Diaz (Brasil), Patrícia Portela (Portugal).
Mediação: Gonçalo Amorim (Portugal)
Sobre os participantes:
Alexandra Pinho - Licenciada em Línguas e Literaturas Modernas (Inglês/Alemão) pela
Universidade de Coimbra e Mestre em Estudos Alemães pela Universidade Nova de Lisboa, é
adida cultural junto da Embaixada de Portugal em Brasília e diretora do Camões – CCPBrasília.
Foi adida cultural e diretora do Instituto Camões em Maputo, Moçambique (2013-2018) e em
Berlim, Alemanha (2003-2006). Diretora de serviços de apoio às Artes na Direção-Geral das
Artes, em Lisboa (2008-2009), e diretora de serviços de promoção e divulgação cultural externa
do Instituto Camões (2010-2012).
Edna Jaime - Bailarina e coreógrafa moçambicana, formada em dança tradicional e canto. Em
2001, teve seu primeiro contato com a dança contemporânea em uma oficina dirigida pela
brasileira Lia Rodrigues. Depois, formou-se em Desenvolvimento Coreográfico. Em 2016,
ganhou o primeiro prêmio de um concurso de dança contemporânea em Maputo organizado
pela Embaixada da União Europeia em Maputo. Estreou recentemente sua primeira
performance on-line intitulada "Um Segundo", partilhando a direção artística com o artista
audiovisual Ivan Barros. Como atriz, protagonizou o filme "Mahla", de Mickey Fonseca & Pipas
Forjaz e contracenou com Naomi Watts na produção hollywoodiana "Diana".
Zia Soares - Nascida no Bié, Angola, cursou Filosofia na Faculdade de Letras da Universidade
de Lisboa e fez mestrado em Artes Cênicas da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da
Universidade Nova de Lisboa. Passou pelo balé e percussão com a Companhia de Ballet da
Guiné-Bissau, pelas artes circenses com a Amsterdam Balloon Company e pelo teatro com a
Companhia de Teatro “Os Sátyros”, de São Paulo, Brasil. É diretora artística e atriz do Teatro
GRIOT, companhia sediada em Lisboa. No cinema, trabalhou com Pocas Pascoal, João
Botelho, Pedro Filipe Marques, Uli Decker e Romano Casselis.
Chico Díaz - Premiado ator brasileiro de cinema, teatro e televisão, é também pintor. Em 1981,
atuou em “O sonho não acabou”, de Sérgio Rezende, o primeiro de mais de 80 filmes dos
quais participou. “A lua vem da Ásia”, de Campos de Carvalho, é seu monólogo mais visto.
Recentemente esteve em Lisboa no Teatro do Bairro, sob direção de Antônio Pires na peça
“Uma pedra no meio do caminho”, de Carlos Drummond de Andrade e filmou com João
Botelho, em 2019, “O ano da morte de Ricardo Reis”, de José Saramago. Chico Diaz volta a
Portugal, em julho, para apresentar “A lua vem da Ásia”, no Festival de Almada.
Patrícia Portela – Escritora, dramaturga, diretora, vive entre Antuérpia (Bélgica) e Viseu
(Portugal). Estudou cenografia, cinema e filosofia e escreve para vários formatos. Criadora de
obras entre a performance e a instalação de difícil classificação, é autora de obras literárias na
editoria Caminho (no Brasil publica na Dublinense). É cronista no Jornal de Letras, artes e
ideias e é atualmente diretora artística do Teatro Viriato.
Gonçalo Amorim - Diretor Artístico do Teatro Experimental do Porto, desde 2013 e do FITEI –
Festival Internacional de Teatro de Expressão Ibérica, desde 2014. Frequentou o curso de
Antropologia da Universidade Nova de Lisboa e é licenciado pela ESTC. É cooperante e ator
do Teatro o Bando desde 1999 e foi membro do coletivo Primeiros Sintomas. Como ator,
trabalhou também com a Útero – Associação Cultural, Companhia Olga Roriz, Cão Solteiro,
Truta, Teatro da Terra e Artistas Unidos. Em cinema trabalhou com Edgar Feldman, Raquel
Freire, Tiago Guedes, José Filipe Costa e Edgar Medina. Como encenador, colaborou com o
Teatro o Bando, Comédias do Minho, Culturgest, Teatro da Terra, Teatroàparte, entre outros.
Em 2007, recebeu o Prémio da Crítica (APCT) pela encenação do espetáculo “Foder e ir às
compras”, de Mark Ravenhill.
Nesta conversa, artistas da América do Sul se encontram para refletir, a partir da perspectiva
de suas obras e de suas memórias afetivas - íntimas e coletivas – sobre as suas relações com
as transformações sociais vividas em cada um de seus países.
Acompanhe a conversa no canal Youtube do Cena
Participam:
Mauro Vaca Valenzuela (Chile), Diana Daf (Perú), Gabriel Calderón (Uruguai), Alexandre
Dal Farra (Brasil), Patricia Ariza (Colômbia - Teatro Candelária)
Mediação: Felipe Assis (Brasil)
Sobre os participantes:
Mauro Vaca Valenzuela - Ator formado pela Universidad de Chile, Diplomado em Realização
Audiovisual na Escola de Cine de Chile e em Narração. Desenvolveu uma carreira autoral
cinematográfica, tendo recebido vários prêmios de cinema internacional. Atua como diretor e
dramaturgo da Le Insolente Teatre, em Santiago, Chile. Recentemente, foi premiado pelo
Círculo de Críticos de Arte de Chile pelo trabalho “Reminiscencia”, como melhor criação on-
line.
Diana Daf Collazos - Artista multidisciplinar, gestora cultural e realizadora audiovisual. Seus
trabalhos entrelaçam performance, fotografia, videoarte e cinema documental e se concentram
na investigação do corpo como lugar de memória e no espaço físico como lugar de afetos para
gerar outros imaginários possíveis. É cogestora de elgalpon.espacio, lugar de formação,
criação e difusão em artes contemporâneas.
Gabriel Calderón - Dramaturgo, diretor de teatro e ator uruguaio, já escreveu mais de 30
textos teatrais e foi reconhecido com o Premio Nacional de Literatura de Uruguay em duas
ocasiões. Suas obras para teatro já foram traduzidas para o francês, alemão, inglês, italiano,
catalão, grego e português. Nos últimos anos, intensificou sua atuação na Europa, estreando
no Teatro Quartier d´Ivry de Paris e convertendo-se no primeiro autor uruguaio a estrear no
Teatro Nacional de Catalunya e no Teatro Nacional de Módena.
Alexandre Dal Farra - Doutorando pela ECA/USP, é dramaturgo, diretor e escritor. Recebeu e
foi indicado a diversos prêmios no Brasil, como Shell, APCA, Governador do Estado de São
Paulo. Suas peças foram traduzidas e encenadas em diversos países, tais como França,
Alemanha, Argentina, Portugal.
Patricia Ariza - Dramaturga, diretora e poeta colombiana, fundadora do Teatro La Candelaria.
Escreveu várias obras de teatro, recebeu o Premio Nacional de Poesía/Colômbia, e várias
premiações nacionais e internacionais por seus trabalhos artísticos, suas performances e seu
trabalho social inovador, envolvendo setores da sociedade tradicionalmente marginalizados.
Dirige dois importantes festivais da Colômbia: Festival de Teatro Alternativo e Festival Mujeres
en Escena por la Paz. É ativista pela paz e pelos direitos humanos.
Felipe Assis - Artista da cena, pesquisador e curador. Colabora com curadorias independentes
e comissões de seleção. É membro da plataforma de artistas "Colectivo" Utópico e é cocriador
do Festival Internacional de Artes Cênicas da Bahia (FIAC Bahia). Realiza consultorias para
Festivais e ministra cursos de curadoria em artes cênicas.
O coreógrafo, dançarino e artista visual francês Smaïl Kanouté abre a 22a edição do Cena
Contemporânea com um conjunto de obras intitulado “Corpo e Identidade”. No último dia de
festival - depois de uma incursão criativa por obras brasileiras, portuguesas, chilenas,
peruanas, uruguaias - convidamos o artista para conversar com artistas de referência no Brasil,
sobre temas como as identidades e o cruzamento de linguagens.
Acompanhe a conversa no canal Youtube do Cena.
Participam: Smaïl Kanouté (França), Cristina Moura (Brasil), Wallace Lino (Brasil)
Mediação: Jaqueline Fernandes (Brasil)
Sobre os participantes:
Smaïl Kanouté: Nascido em 1986, é designer gráfico, coreógrafo e dançarino franco-malinês.
Diplomado pela École Nationale Supérieure des Arts Décoratifs de Paris, se apresenta como
um “coreo-grafista”, uma vez que sua dança é indissociável de seus processos criativos. Suas
obras pictóricas são reconhecidas pelos temas expressivos, uma espécie de alfabeto moderno
e abstrato ao qual ele dá vida através de seu próprio corpo. Seu trabalho aborda episódios
recentes mundiais de violência e discriminação, a partir de uma poética visual e coreográfica.
Cristina Moura - Coreógrafa, intérprete e diretora de teatro e dança, iniciou a carreira
integrando o Grupo Endança, de Brasília. Entre 1996 e 2003, viveu na Europa e integrou o Les
Ballets C de La B, de Alain Platel, e a Cia. Mudances de Angels Marguerit. Em 2003, criou o
solo “Like an Idiot”, apresentado em diversos países da Europa, na América Latina, nos
Estados Unidos, Canadá e Brasil. Dentre seus trabalhos, destacam-se a direção de “A mulher
que matou os peixes…e outros bichos”, de 2009, a colaboração com o diretor Enrique Diaz
em “Ensaio.Hamlet” (2004) e “Gaivota” (2007); a criação, codireção e atuação de “Peça
Coração” (2012); a codireção da montagem teatral de “Bispo”, de João Miguel; e a concepção
e atuação no espetáculo “Ägô” (2019). Cristina Moura vive no Rio de Janeiro.
Wallace Lino - Ator, Diretor, dramaturgo e educador, formado em licenciatura do teatro pela
UNIRIO e mestrando pelo programa do CEFET em Relações Étnicos raciais. É cofundador e
integrante da Cia Marginal desde 2005 e cofundador do Grupo Atiro 2016, atuando como
Diretor e dramaturgo. Também é criador do canal de Comunicação Entidade Maré.
Jaqueline Fernandes - Jornalista, pesquisadora, produtora e gestora cultural, é especialista
em comunicação estratégica, em gestão de políticas públicas culturais e de gênero e raça.
Fundadora do Instituto Afrolatinas e do Festival Latinidades, é Especializanda em Estudos Afro-
Latino-Americanos e Caribenhos. Atuou como Subsecretária de Cidadania e Diversidade
Cultural, na Secretaria de Cultura do Distrito Federal, onde desenvolveu políticas, programas e
projetos estratégicos voltados para a proteção e promoção da cidadania e da diversidade das
expressões culturais, tendo como foco grupos historicamente excluídos e em situação de
vulnerabilidade.